sobre pensamentos da meia-noite,
Passou um minuto da meia-noite, estou na frente de um computador, não devia estar aqui, quando acordar me arrependerei muito. Mas uma leve inspiração me veio a mente e um texto que eu queria escrever há muito tempo está agora se montando, ou eu estou a montá-lo. É um texto sobre a morte, mas não quero que seja um texto macabro ou fúnebre. Dois assuntos que me interessam muito são o tempo e a morte, estão muito ligados. Mas o aspecto da morte que eu gostaria de abordar é um aspecto que só pode ser visto postumamente, que ironia interessante. Estarei eu, sentado em minha lápide olhando o meu corpo de cima e uma voz virá me propor, Quer tentar de novo. Em um livro que fui forçado a ler, um certo filósofo foi citado, segundo tal filósofo, ninguém diria sim, mas as razões do filósofo são funestas. Quando me fizerem tal proposta, quero poder dizer não, olhar para meu interlocutor e perguntar, Você acha que dá para fazer melhor. Não que eu vá vencer sempre, muito menos que eu tenha vencido, entretanto, faz algum tempo, que eu tento, e tento muito, muitas coisas e muitas pessoas. E talvez por meus fracassos não tenham me custado o suficiente, tentar traz um imenso prazer. Talvez o prazer explique o Diabo. Em minha lápide estará, ao menos nessa madrugada, ele tentou. Talvez amanhã eu lhe acrescente, ele conseguiu. Passaram dezenove minutos da meia-noite, eu não deveria estar aqui, quando acordar irei me arrepender, estou saindo agora da frente do computador.
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