domingo, 23 de dezembro de 2007

Primeira parte

sobre o natal,
desci no terminal zona oeste, não sei se para os íntimos seria a rodoviária nova ou velha, não importa. fui à universidade por nada, ou melhor fui para cumprir obrigações de monitor e três horas depois sem ter cumprido minhas obrigações estamos novamente no terminal.
- sim
eu geralmente sei que meu tempo de espera é de no mínimo vinte minutos e sei que o mínimo dificilmente acontece, depois de 40 minutos esperando já estava com paciencia alguma e isso é algo que dificilmente não aontece nesse terminal. então papai noel desce de um ônibus, o anti-clímax de qualquer história infantil, e o ônibus nem era uma mercedez, é uma pena. papai noel caminha em direção ao meu ponto, Eu gostaria de acreditar em papai noel, devo ter pensado na hora, Assim a espera seria menos tediosa. Não acredito, continuei entediado. umas crianças que compartilhavam a espera comigo, ao contrário, acreditavam e ganharam balas por sua fé. uma daquelas coisas boas em ser criança, nem notaram a barba e o cabelo de algo que parecia algodão, talvez por só parecer e não ser algodão, elas simplesmente puderam ignorar, como fizeram com a roupa vermelha que brilhava como se fosse veludo preto. Um pensamento engraçado me veio a cabeça, eu queria que noel subisse no mesmo ônibus que eu pra que eu sentasse ao seu lado e lhe perguntasse sobre suas renas. Como vai, fulano que tem um nariz vermelho iluminador?
eu, papai noel e as crianças esperamos por mais vinte minutos, depois papai noel subiu no ônibus marcos freire II/ alguma coisa e eu continuei esperando sem saber das renas de noel.
quem sabe na páscoa eu não encontro um certo certo coelho.

4 comentários:

Marcel Santiago Soares disse...

Eu vou ao shopping hoje e pergunto a vc.

No mais,
acho que se agente acreditasse na metade das coisas que acreditava no passado, seriamos mais felizes.

Ainda n sei se ignorancia eh um dom ou n...


braço

Marcus disse...

sério vei...
é o grande problema de se ver entre a realidade e a imaginação!

Porque ao invés de estar pensando nas renas vc poderia estar pensando q aquele cidadão, "papai noel", estava num emprego fajuto e temporário de fim de ano. E isso só é interessante pensar se estamos lúcidos na realidade.

E do foco das coisas que não importam, é melhor viver no imaginário de estar do lado do "bom velhinho", detentor de balinhas mágicas e de renas que não voam em dias normais e sim, apenas, na noite de Natal, do que viver numa realidade torturante e estúpida de desemprego assombroso.

Mestre, abraço

Mairla disse...

gosto não de papai noel.





mas pensei em escrever uma carta pro pólo norte, mas quando vi naquele programa idiota de domingo da glogo que uns suecos desocupados disseram que papai noel era de um país da ásia começado com a letra "u"... desisti.

Dante disse...

cara, naquela situação, esperando um busão, eu acho que (lembrando um poeta sergipano) me viria em mente: papai noel de cú é rola!