domingo, 9 de novembro de 2008

sobre as pequenas fraturas,
eu não sei se eu já disse em voz alta, mas dois mil e sete foi o ano, o melhor ano que já tive o privilégio de viver. é uma pena que tenha acabado. daí começou dois mil e oito, que nem de longe foi o pior ano que vivi, tenho pelo menos mais quinze anos na frente deste, o problema de dois mil e oito é que ele veio depois de dois mil e sete, a comparação é inevitável. a primeira parte do presente ano eu nem recordo, eu sinto como se tivesse passado um tempo entorpecido, ainda sinto isso, vivi muito desse ano como se tivesse naquele estágio pré-sono no qual não se tem certeza de se estar dormindo ou não e não se percebe o ano passar. eu olho para o calendário e penso, droga, quando foi que eu cheguei aqui, e o que eu fiz enquanto me dirigia para cá. são perguntas que eu não consigo responder direito, esse é um ano estranho. eu sei, o ano não acabou, mas eu nunca fui conhecido por meu otimismo. uma coisa em particular que torna esse ano singular é que eu atentei, não sei se o verbo é esse, para as pequenas fraturas que as minhas relações sociais têm sofrido, não são grandes brigas que destroem alguma relação, ou possível relação de maneira trágica, eu preferia que fossem. são coisas mais sutis, e como todos sabem eu tenho problemas em lidar com sutilezas sociais. muitas relações minhas ganharam um esqueleto, não as perdi, ou seja, mantenho contato com as pessoas mas agora há uma coisa que nós sabemos que existe, mas fingimos que não sabemos, nós sorrimos, contamos piadas, na verdade, eu conto as piadas, perguntamos da vida um dos outros e somos ótimos em fingir. mas o esqueleto está lá pra impedir falas, movimentos e outras coisas. eu sei o que o leitor pode estar se perguntando agora, e por que não escancará. já tentei, mas como eu disse, sutilezas sociais não são o meu forte, a resposta é sempre a mesma, não sei do que você está falando. talvez antes do ano acabar eu tente por essas relações em pratos limpos, ou sujá-los de uma vez, vai depender se eu terei coragem, ou burrice, suficiente para isso, é complicado para mim diferenciá-las.

Um comentário:

Mairla disse...

meniiiiiiiiiiiiiiiiino!
calma que num fui eu que escrevi o texto não ;x
é de uma moça chamada marta medeiros, nem conheço ela direito.. só esse texto.
pior que vi seus comentários e não tava entendendo nada.. quando eu vi eu só tinha colocado dois "m.m"
:P
ain ain se fosse eu escrito viu huauhauhuhauha