quarta-feira, 7 de maio de 2008



sobre o valor do dinheiro,


Sabe-se desde sempre que dinheiro compra uma porção de coisas, pessoas inclusive. Há pouco tempo soube até que existe uma nova modalidade personal, o personal friend. A sua mãe acha que você tem poucos amiguinhos então ela liga para um número em que alguém enviará um amiguinho para te acompanhar nas festas e coisas do tipo. Eu particularmente acho que esse tipo de serviço só pôde prosperar devido aos emos, ninguém, nem eles mesmos, querem andar com emos. É uma posição bastante razoável. Mas voltando ao dinheiro, estava eu numa sala de aula, quando eu percebi que uma posição de saber como aquela de um professor não pode jamais ser comprada como uma mercadoria qualquer, de modo algum se pode imaginar que alguém chegue em um departamento e diga, Ei, você, eu quero ser professor, estão aqui os mil conto, mostre-me minha turma. Isso não acontece, depois de tanto tempo na UFS, percebe-se que o procedimento é diferente. Entra-se por uma porta que guia para um corredor enorme, iluminado por tochas ardentes de chamas verdes de modo que sempre tem um canto obscuro, atravessa-se o corredor em direção a uma cúpula central, ao se abrir a porta da cúpula onde o dizer et rey et intellectus está escrito, percebe-se que uma porta similar há em seu outro oposto e por ela entra uma outra pessoa. Os adversários se encaram, colocam seus currículos sobre a mesa da banca. A banca personalizada por um ser humano com um objeto redondo na palma de sua mão, diz com sua voz grave, escolha. O candidato a docente do lado direito com esgar de desafio e com tensão no rosto responde, cara.

Nenhum comentário: