segunda-feira, 6 de outubro de 2008

sobre as esperanças que ainda temos,
eu tenho uma hipótese. eu sinceramente acho, até onde é possível achar isso sem ser louco, que motoristas de ônibus não são gente. nunca se viu entidades tão mal-educadas, eles sinceramente acham que o ônibus é deles, eles tratam aquelas latas como se tivessem trabalhado anos para poder comprá-los. mesmo eles não sendo humanos, eu penso que é uma compensação pelo tamanho do pênis. mas, contudo, estava eu em um desses ônibus que rodam na capital, e talvez não por coincidência estava pensando no fim do mundo, mas especificamente da espécie humana, o que dá no mesmo, para nós, mas não para os motoristas de ônibus. eu ainda estava impressionado com os dados que vi numa reportagem, sengundo tal reportagem uma Ong, vão me perdoar por esquecer seu nome, fez uma mensuração e segundo essa mensuração no dia vinte e três de setembro a Terra produziu o que é capaz de produzir em um ano sem que a produção gere danos irreversíveis ao planeta. Se eu usasse qualquer tipo de marcador ou acentuador eu marcaria e acentuaria a palavra irreversíveis. isso quer dizer que desde o dia vinte e três de setembro estamos produzindo, os humanos, e consumindo, some os motoristas de buzu, produtos que geraram danos irreversíveis ao planeta. bem desde que eu li essa matéria minha espinha vive de calafrios, mas a matéria não acaba aí, pobre ingênuos aqueles que acreditaram que acabaria, a desgraça tem que ser completa. Parece haver uma tendência à regressão, o dia em questão já fora marcado em novembro e em outubro. acho que está explicado o motivo de pensamentos tão macabros em um ambiente tão alegre quanto um buzu aracajuano. depois de repassar esses dados na minha cabeça eu voltei à palavra irreversíveis, droga de palavra, para aqueles que, como Saramago e eu, acreditam que o ser humano é capaz de mudar a questão mudou totalmente de figura, pois já não é questão de se os seres humanos e motoristas de buzão vão parar com um modo de vida auto-destrutivo ou não, me parece que a questão é quanto tempo temos para fazer isso. quem se interessar veja as estimativas para o fim do petróleo e da água potável. contudo, bem no meio dessas divagações pouco alegres, percebo uma coisa espantosa, de fato fui forçado a perceber, duas senhoras entram no ônibus com crianças de colo, o motorista, ao contrário de seus pares, não arrasta o buzu, não, ele para pede aos passageiros para cederem lugares às senhoras e diz, e quando ele disse meu queixo bateu no piso do buzu, pode ficar calma senhora, eu só saio quando a senhora se sentar. a moral da história é clara, se eles conseguem mudar, talvez nós consigamos também.

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