domingo, 17 de abril de 2011

sobre monocromatismo,

estava eu no banheiro, tomando meu banho, quando me vem um daqueles pensamentos; intuições de pensamento, para ser exato. comecei a olhar para esse intuição para ver onde ela me levaria. a primeira caminho dizia o seguinte: é verdade que há diferença entre brancos e não-brancos no país, e essa diferença se reflete nas oportunidades e privilégios quanto a educação deles. bem, isso não é nenhuma novidade e há vários estudos corroborando tal idéia. continuando por esse caminho lembrei o que alguns costumam dizer: para entrar na universidade é necessário merecer, tem que se fazer por onde; dificilmente alguém discordaria que sendo que as vagas são limitadas que se entre quem tem mais condições, independente de sua coloração. aí eu me lembrei dos estudos já citados, e que eles costumam afirmar que negros são socialmente prejudicados em sua educação e, logo, são, da mesma forma, prejudicados nos vestibulares; uma pequena epifania me fez pensar, se os negros são prejudicados em um concurso com vagas limitadas, significa que os não-negros são favorecidos, então, ainda na epifania, nunca existiu merito na entrada de algumas pessoas, elas só entravam por não serem negros. mas não se ouve dúvidas sobre a competencia desses cotistas pré-cotas. o desequilibrio na meritocracia já existia, as cotas vieram não para criar privilágios, mas para saná-los. cotas não são uma medida contra o mérito, mas sua afrimação. assim, ao sair do banheiro, eu era a favor das cotas. os banheiros são um ótimo lugar pra se pensar.

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