terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sobre pink floyd,

então lá estava eu, nessa sala de cinema, curiosamente a que eu mais uso, assistindo a esse filme, avatar, depois de ter tomado um bom capuccino, e num instante, eu senti que já havia visto aquilo, um dejá vu talvez, mas esse filme é fresquinho. então como, como eu tinha a nítida impressão de ter visto aquilo. uma palavra me veio a mente, colombo. ora se não era a história da conquista das américas, com final feliz para os nativos, e com a idéia de colombo, num outro rápido instante eu visitei outras várias histórias contadas em outros vários filmes que eram iguais a essa. outra palavra me veio a mente, comédia romântica, era isso, uma mesma história se repetindo várias e várias vezes, de modos diferentes. então eu comecei a pensar que é nisto que o cinema e outros meios artísticos vêm se tornando, uma repetição constante, dája vu's sucessivos, não nos contamos outras histórias, atrás de cada pirotecnia, atrás de cada vampiro, varinha, ou sabre de luz, há sempre o mesmo. o sentido está congelado. o tempo não mais se aplica à essência. o significante vaga por caminhos conhecidos. dizem eu te amo, i love you, je t'aime, e é tudo igual. é estranho que para uma sociedade que se marca pelo progresso, pelo futuro, o tempo esteja parado, para cronometrarmos nossa velocidade para chegarmos até aqui. star wars tem mais de vinte e cinco anos. estamos presos. talvez seja por isso que quando um pequeno desvio seja tomado, o mocinho morre, o mocinho não é tão mocinho, a mocinha é promiscua, nos seja tão emocionante, tão cativante, tão inovador, é por nossos sonhos serem tão pequenos que nossas conquistas parecem tão fantásticas. ah, sim, motivo de pink floyd, running over the same old ground, what we found, the same old fears. fica uma pergunta, como um blockbuster me levou a pensar tudo isso. acho que o capuccino estava batizado.

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