sexta-feira, 1 de julho de 2011

sobre felicidade,

Um pato, uma bacia com um tanto d'água e um detergente que será testado no intervalo comercial de um programa da década de vinte. O detergente era misturado à água, o pato acrescentado e em poucos instantes o animal se debatiam por perder a gosrduram em suas penas que o permitia flutuar. no debater desesperado do pato na água, tentando salvar sua vida frente a donas de casa talvez impressionadas, o detergente era vendido. só o detergente. ninguém mais vende detergentes; não que a crueldade faça falta, mas a objetividade, a eficiência daquele produto que se está a vender, a eficiência exposta, isso faz falta. o que se vende é felicidade. talvez também haja alguma crueldade aí. não há mais patos, mas as donas, e donos, de casa ainda estão esperando algo do que lhe vendem, eles olham para a tevê, vêem todas aquelas pessoas que não são eles rindo ao usar aquilo que vendem, um sorriso tão sabidamente pouco honesto. fingimos, eu e você, que vendo felicidade, mas você não fingi que a deseja tanto. seu desejo é tão real, quer tanto essa felicidade constante, ininterrupta, contínua, esse estado pleno de sorrisos e risos, o soma de Huxley. talvez a crueldade não tenha cessado.

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